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A crise da saúde a serviço da E-educação

O distanciamento social nos faz vivenciar uma “economia do coronavírus” que valida a maneira como trabalhamos. No caso do ensino superior, promoverá o desenvolvimento da e-educação e das suas potencialidades.

Por: Lenildo Morais





Desde o início do confinamento, uma nova normalidade passou a fazer parte do nosso cotidiano: é o famoso “1” metro de distância a ser respeitado entre cada indivíduo. “Distanciamento social”, termo técnico inicialmente utilizado por cientistas e médicos, essa palavra hoje faz parte do jargão de todos nós. Esse conceito visa reduzir a probabilidade de contato entre as pessoas, a fim de diminuir bastante o risco de contaminação por gotículas por tosse ou espirro. A transmissão é, portanto, por via aérea, por contato físico direto com uma pessoa infectada e por contato físico indireto (tocando uma superfície contaminada). Portanto, afastar-se fisicamente dos outros nunca foi um gesto tão altruísta como agora.


A descoberta do teletrabalho

A fim de limitar o risco de contaminação por coronavírus, muitas empresas convidam seus funcionários a ficar em casa para trabalhar. Certamente, isso é para protegê-los, mas também para evitar possíveis processos judiciais. Muitas pessoas são recentes no teletrabalho. Nunca a Internet esteve tão ocupada. Muitas pessoas precisam utilizar uma VPN (Virtual Private Network) pela primeira vez, para evitar qualquer risco de hacking, pois existe, com esse teletrabalho generalizado, uma oportunidade sem precedentes de infiltração de negócios.


É neste contexto que surge a ideia da “economia do coronavírus” na forma de um experimento global validando a forma como trabalhamos e convivemos com a família. Com efeito, garantir a continuidade das funções de teletrabalho é um desafio quando se tem de gerir simultaneamente os seus filhos, cuidar das suas necessidades e garantir a sua educação. A implementação da desmaterialização do ensino e ao mesmo tempo mobilizar o serviço público audiovisual tem pairado entre aqueles que pensam o ensino no Brasil e no mundo.


Inovação Educacional: como reduzir distâncias sociais e espaciais?

A inovação educacional deve ser vista como um processo criativo para facilitar a aquisição de conhecimentos pelo corpo docente. A tecnologia, portanto, serve apenas para apoiar as iniciativas dos professores, e não o contrário. Certamente, trata-se de recorrer às novas tecnologias, especialmente as digitais, com ênfase no aspecto colaborativo. Torna possível orientar o ensino para as competências do aluno e não para a simples aquisição de conhecimento puramente. Cada vez mais, modalidades de aprendizagem na forma de hackathon ou desafios de finais de semana estão se destacando. Colocados assim em competição, os alunos trabalham as suas capacidades de criatividade, reflexão e análise crítica, tantas competências hoje exigidas pelo mundo empresarial.


Ao investir todos os esforços para transmitir conhecimentos aos alunos, a inovação educacional permite a aproximação social entre professores e alunos, mas também entre empresas e alunos, ou seja, os seus potenciais futuros funcionários. Potenciais criativos, tão procurados, até perfis atípicos, apresentam-se aos seus empregadores. É um processo que as universidades empreenderão da melhor maneira possível, dados seus recursos humanos, técnicos e financeiros mais limitados na atual conjuntura.


A resposta do Ensino Superior via E-educação

A crise planetária que nos atinge dá origem a um número incalculável de iniciativas. As ferramentas tecnológicas vêm se opor às distâncias sociais e físicas a fim de minimizar precisamente os efeitos negativos desse distanciamento.

As ferramentas tecnológicas vêm se propagando desde o início da crise para garantir a continuidade pedagógica nas melhores condições possíveis. Essas tecnologias tornaram possível configurar salas de aula virtuais.


Assim, o distanciamento social adquiriu todo o seu sentido com a crise e, dos esforços da estratégia tecnológicas, emergiu de fato uma maior proximidade entre os diferentes atores da comunidade acadêmica.


 

Fonte: MIT Technology Review

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