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Doença ocupacional – Transtornos mentais no pós-Covid-19

Neste post, a Dra. Tania de Abreu Carvalho, Superintendente Médica da AxisMed, Psiquiatra, especialista em Medicina de Família e Comunidade, aborda o impacto dos transtornos mentais pós-Covid-19 envolvendo doença ocupacional e destaca medidas de saúde mental importantes. Confira!


“O tema dos transtornos mentais em tempos de COVID-19 traz à mente a imagem dinâmica do movimento de um enorme iceberg que se aproxima e do qual não poderemos mais nos desviar: o tema do adoecimento emocional, que já vinha atravancando a saúde produtiva das organizações e agora não poderá deixar de ser cuidado.


O efeito “submersão” das doenças mentais tem sido consequência de fatores como tabu, negação, desconhecimento, estigma e medo de assédio moral por parte de empregadores e pares.


Nesse complexo momento de estresse, a fim de minimizarmos a chamada 4ª onda pós-covid-19 (dos transtornos mentais), devemos avistar o a oportunidade da reorganização do trabalho na cultura do cuidado da saúde mental em uma perspectiva ampliada.


É possível prever um trabalho emocional e mentalmente sustentável ao incorporar práticas, rotinas e habilidades que valorizem mais as pessoas em seus cotidianos, mantendo a produtividade e fomentando maior qualidade de vida já que agora, sem deslocamentos ou trânsito, temos mais tempo para o café da manhã, café da tarde e teremos de aprendendo a lidar juntos e separados com os desafios atuais.


Nessa síntese rápida que se aplica à cada organização, trazendo referências de intervenções de Saúde Mental rápidas, temos medidas importantes que podem ser nesse momento realizadas nas organizações, tais como:

  1. Grupo virtuais de escuta e estratégias de coping (mecanismos cognitivos e comportamentais de enfrentamento) para maior resiliência psicológica na organização.

  2. Treinamentos que aumentem o reconhecimento dos sinais de sofrimento e adoecimento emocional, bem como seu adequado tratamento.

  3. Ofertas de serviços de assistência médica e psicológica resolutivos.

  4. Fluxos mínimos de acolhimento e follow-up apoiado por diversos setores (cada qual com seus limites) a saber líderes, RH e Saúde ocupacional adequadamente capacitados no tema.

Através de webinars, lives, conteúdos e interações digitais:

  1. Garantir comunicação clara e útil com informações e estratégias práticas para trabalhadores e seus familiares gerenciarem melhor disfunções emocionais desencadeadas ou agravadas pela pandemia do Covid-19.

  2. Treinar as lideranças (incluindo RH) sobre como orientar e apoiar os colaboradores em sofrimento e adoecimento emocional em termos de gerenciamento das atividades quando do eventual comprometimento da produtividade.

  3. Treinar a Saúde Ocupacional em termos dos fluxos de atendimento e cuidado coordenado da saúde mental e retorno às atividades laborais.”

Fonte: Portal Axismed Por: Dra. Tania de Abreu Carvalho

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