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White Martins utilizará expertise mundial em hidrogênio verde no Ceará

Atualizado: 22 de nov. de 2021






A descarbonização da economia entrou em pauta. A realização da COP26 mostrou a urgência na aceleração de tecnologias que reduzam as emissões de gases causadores do efeito estufa. É nesse cenário que se insere o hidrogênio verde: produzido a partir de fontes de energia renovável, o processo conhecido como eletrólise da água separa as moléculas de hidrogênio do oxigênio para gerar o gás que pode revolucionar diversos setores da indústria.


A White Martins tem o produto em seu portfólio há mais de 40 anos. Estamos presentes em toda a cadeia de hidrogênio, desde a produção, distribuição, armazenagem e transformação em amônia, quando necessário. Além disso, atuamos na venda de equipamentos e no processamento de reformadores utilizados no atual método dominante de produzir o hidrogênio em escala industrial a partir do gás natural.


Fundada há 109 anos no Brasil, a White Martins está presente em todas as regiões do país. A companhia representa, na América do Sul, a Linde, maior empresa de gases industriais e engenharia do mundo. Além do Brasil, a White Martins é responsável pelas operações na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.


Pioneirismo – A amônia (NH3), por suas características que permitem armazenamento e transporte mais eficientes, é uma boa opção para a exportação do hidrogênio verde que será produzido no Ceará. A Linde também conta com expertise neste setor: a empresa construiu em 2015, na cidade de Togliatti, na Rússia, uma planta de produção de amônia. O produto é obtido a partir de uma tecnologia própria, o Linde Ammonia Concept. Há ainda outras tecnologias em seu portfólio, como os eletrolisadores, responsáveis pela separação das moléculas de hidrogênio e oxigênio da água, produzidos a partir da joint venture formada com a empresa inglesa ITM. Um deles, de 10MW, já está em operação. Outro, de 24MW, começa a operar no início de 2022 em Leuna, na Alemanha.


Liquefadores e postos de abastecimento de veículos a hidrogênio combustível já em funcionamento na Europa também integram o rol de soluções da Linde. Durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, por exemplo, a Linde instalou na cidade uma estação de abastecimento com capacidade para atender 30 ônibus por dia.


Memorandos de entendimento – A White Martins acredita que o potencial energético do Ceará, combinado com o expertise da empresa, pode contribuir significativamente para a transição energética do Brasil. Com esse objetivo, a empresa assinou, em abril, um Memorando de Entendimento (MoU, em inglês) com o Complexo do Pecém para oficializar seu interesse em participar do HUB de Hidrogênio Verde. Com a assinatura do MoU, o Complexo do Pecém prestará o suporte para mapear novas oportunidades de negócios para a produção e o fornecimento de hidrogênio verde pela White Martins. Já no final de outubro, na sede do Grupo Linde, na Alemanha, foi assinado um MoU com o Governo do Ceará, que irá apoiar no estudo de viabilidade para implantação de uma planta de hidrogênio.


Este trabalho conjunto nos permitirá inovar na produção e no fornecimento de energia limpa com investimentos na cadeia de valor do hidrogênio verde, aproveitando a sinergia da planta de gases do ar da White Martins, já existente no Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Levando em consideração as características do Ceará, que dispõe de um parque industrial robusto e capacidade de produção de energia renovável, temos a expectativa positiva de viabilizar um empreendimento que poderá ser um grande diferencial para nosso país.


Sustentabilidade – A Linde é referência em sustentabilidade. A empresa é um dos membros fundadores da iniciativa global Hydrogen Council e da empresa H2 Mobility, além de defender ativamente políticas e iniciativas de hidrogênio limpo por meio de mais de 20 organizações fomentadas pela indústria e por governos em todo o mundo. Adicionalmente, a Linde está tomando todas as medidas para descarbonizar suas próprias operações. As metas de sustentabilidade da empresa até 2028 incluem, por exemplo, a redução de 35% da emissão de gases do efeito estufa e o investimento de, pelo menos, 1 bilhão de dólares em iniciativas de descarbonização.


 

Guilherme Ricci, diretor de Hidrogênio e Gás Natural da White Martins

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