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Entrevista com Bruno Bellote, Managing Director na GWind

Entrevistamos Bruno Bellote, Managing Director na GWind sobre as tendências de mercado do O&M eólico e a inserção da GWind frente à este contexto.



  1. De forma geral, entre todos os desafios técnicos-operacionais, qual foi o maior desafio no projeto em sua opinião e como ele foi superado? O projeto de manutenção das pás eólicas no Parque da Ibitu apresentava como fator de maior criticidade a eficiência do nosso pessoal. Digo isto pois havia uma estrutura enorme envolvida e o timing era o mais importante para que os demais recursos não ficassem parados gerando custos de espera e por consequência aumentando o custo final para nosso cliente. No evento que ocorrerá no próximo dia 16 de setembro, nosso Gerente de Operações (Fabio Morais) e nosso Gerente de Engenharia (Eder Faria) explicarão melhor os detalhes contando com a participação e colaboração da Ingrid Peter (Ibitu) e do Lucas Santos (ArthWind). Para que fosse possível atender aos prazos e tempos estipulados, atuamos com foco muito forte no planejamento das atividades, além da constante comunicação e sinergia com as demais empresas envolvidas no projeto. Para isso dispúnhamos, além da equipe técnica, de um Supervisor Operacional e Engenharia em campo, garantindo o nível de excelência na execução das atividades e maior eficiência do time.

  2. Na sua visão, como você enxerga a evolução do mercado de O&M de pás eólicas e, como o Brasil se compara à outros mercados de O&M internacionais mais maduros? Tive a oportunidade de estar em contato muito próximo com o Mercado Eólico dos Estados Unidos no período que atuei em uma empresa de reparos de pás americana. Este é um mercado que está a frente do brasileiro em termos de tecnologia, metodologias, cuidados preventivos e investimentos em performance. Neste período que estive lá, pude notar que um grande diferencial do mercado americano em relação ao brasileiro está na utilização de plataformas para o reparo de pás em altura, visto que as mesmas apresentam um eficiência maior quando comparadas ao reparo com cordas e/ou guindastes. Desta maneira, a GWind começou a trabalhar com plataformas já há 2 anos aqui no Brasil e podemos dizer que hoje temos equipamentos que comprovadamente podem realizar o trabalho com um índice muito alto de eficiência. Por esta razão, no ano de 2021 a GWind realizou um investimento pesado na aquisição de plataformas no Mercado Brasileiro. Hoje contamos com 30 unidades de plataformas já trabalhando no Brasil e dentro dos próximos 2 meses receberemos mais 20 unidades de plataformas.

  3. Como a utilização de plataformas beneficia campanhas de reparos em termos de OPEX, prazos e eficiência operacional para os gestores de parques eólicos? A utilização de plataformas apresenta uma série de benefícios tanto para o proprietário quanto para o fornecedor do serviço. As plataformas, desde que adequadas as Normas Regulamentadoras, são mais seguras se compararmos ao trabalho com cordas. Podemos citar também a questão da eficiência de operação, visto que por se tratar de uma estrutura mais estável o trabalho pode ser realizado de maneira mais rápida pelos reparadores, além de viabilizar o aumento da qualidade do reparo. Além disto, podemos trabalhar com plataformas em ventos mais altos que os permitidos para trabalho com cordas. Explicando um pouco melhor, como temos a possibilidade de trabalhar com ventos mais altos, reduzimos o tempo de espera (temo da equipe parada) por condições climáticas. Como consequência da maior velocidade de trabalho e do menor tempo de espera trazemos para o proprietário um tempo reduzido de turbina parada, aumentando assim a geração de energia. O que no fim das contas é o nosso objetivo maior.

  4. Recentemente a GWind foi adquirida pelo Grupo Tech Wind, ampliando seu escopo de atuação e especializando sua equipe técnica. Como esta aquisição beneficia a atuação da GWind e consequentemente aos seus clientes no Brasil? O Grupo Tech Wind está no mercado eólico brasileiro desde 2002 e vem desenvolvendo trabalhos nas áreas de NDT, torres metálicas, substituição de grandes componentes da turbina e manutenção mecânica. Trata-se de um grupo de origem brasileira com sede em 5 diferentes países (Brasil, Estados Unidos, Argentina, África do Sul e Espanha). Recentemente, além da aquisição da GWind e da ATM, o Grupo cresceu com a incorporação da BioEnergia. A BioEnergia agrega ao grupo o braço que faltava para que pudéssemos ser capazes de realizar o O&M do Parque como um todo, através da adição da capacidade de manutenção elétrica, BoP e troca de óleo de componentes. Assim nossos clientes podem nos enxergar como uma solução completa, que deve trazer ganho deeficiência e aumento de geração para os parques eólicos.

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